Dos seis universitários indígenas que criaram o site www.indioeduca.org,
duas são de Mato Grosso do Sul. O objetivo do site é subsidiar professores e
alunos no estudo da História e das Culturas Indígenas, como previsto na Lei
Federal 11.645, de 2008. Além disso, os estudantes pretendem desconstruir
estereótipos criados para o índio durante a colonização, que, ainda hoje,
são reforçados em salas de aula. Por isso, esclarecem mitos e verdades e
ainda respondem nas páginas do site “O que é ser índio hoje?”, “Índio come
gente?”, “Índio mora em Oca?”, “Índio anda nu?”.
As acadêmicas Marina Cândido Marcos, da etnia Terena, que cursa Geografia na
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Micheli Alves Machado, da
etnia Kaiowá, do curso de Pedagogia no Centro Universitário da Grande
Dourados (Unigran) fazem parte deste projeto da Organização Não
Governamental Thydêwá, que foi selecionado pela Brazil Foundation. Os outros
integrantes do grupo são Alex Macuxi e Sabrynna Taurepang, de Roraima; Amaré
Krahô-Kanela, do Tocantins e Aracy Tupinambá, do Rio de Janeiro.
O www.indioeduca.org está sendo lançado entre os dias 12 e 15 de outubro,
paralelamente, em escolas e universidades das cidades em que moram os
gerenciadores. Em seu recado aos primeiros visitantes da página Marina diz:
“Quero estar contribuindo no portal Índio Educa, como tratar esse tema tão
diverso em sala de aula e estar aprendendo com vocês. Espero que gostem da
rede, de nós, e possamos estar dialogando cada vez mais sobre esse tema tão
importante, que é os Povos Indígenas”.
“Além de educadora meu papel é buscar um novo futuro para os jovens e
crianças indígenas e através dos poucos anciões que ainda existem entre nós,
manter nossa cultura, crenças e língua materna. Sei que tenho um grande
compromisso com meu povo e minha comunidade, pois tenho em mim a vontade de
lutar por dias melhores, sem violência e discriminação, lutar por uma terra
sem males”, diz Micheli, em mensagem no site.
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